sexta-feira, 25 de junho de 2010

Holy Mountain by Alejandro Jodorowsky, 1973

Esta película de Jodorowsky caracteriza-se por uma narrativa não-linear, pouco convencional, que desenha uma arritmia na sequência da "história".
Estamos perante um fenómeno de estética ligada a um ateísmo politico, religioso e histórico, onde as acções encenadas procuram evocar instituições, crenças, factos históricos, mas sempre com uma certa ironia e irreverência na forma como faz passar a mensagem. Encaminha-nos para um void psycadelico com elementos do subconsciente, onde através de nove elementos recria mundos paralelos, reais e irreais.
Cinema livre, com planos que se evidenciam: a multiplicação de Cristo; o desfilar de cabritos em carne viva; a recriação da tomada do México feita pela mão de iguanas e rãs; um guru que amamenta um homem; etc.



















O realizador transporta o espectador para um mundo onírico, fantasioso, e anárquico porém as mensagens subliminares apresentam-se de forma clara, com um rigor imagético surreal e com um sentido de ambiguidade nas formas, cores e texturas, pinceladas que no final produzem uma amalgama de emoções mais ou menos digeridas, sendo que se pode tirar várias elações desta grande obra cinematográfica.

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